Por : Alana Moura
Andressa Mendonça
Jaciane Gonçalves
Nayara Gonçalves
Tácila Raiane
Vera Lúcia
No
geral, não é fácil falar de política, uma vez que a maioria da população não
gosta ou não se interessa por esse assunto. Já dizia Platão: “Não há nada de
errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados
por aqueles que gostam”.
Mas o que é mesmo política? Segundo o
dicionário, encontramos as seguintes definições: 1 – Conjunto de fenômenos e
das práticas relativas ao estado ou a uma sociedade; 2 – Arte e Ciência de bem
governar, de cuidar de negócios públicos; 3 – Qualquer modalidade de exercício
da política; 4 – Habilidade no trato das relações humanas; 5 – Modo acertado de
conduzir uma negociação estratégica.
Assim, política não se resume a política
partidária ou a eleições. Somos seres políticos e a praticamos no tempo e na
história, quando entre outras coisas, lutamos por nossos direitos, ensinamos
algo a alguém, quando conversamos, expomos nossa opinião, somos voluntários e
principalmente quando exercemos nosso poder através do voto.
A política foi criada pelos gregos e
romanos e tem como finalidade, em sua origem, a vida feliz. E, antigamente
estava diretamente associada a religião; as teorias medievais teocráticas
afirmavam que o poder pertence apenas a Deus, que o concede a alguém ou ainda
que a origem do poder está na natureza social do homem, mais seu fundamento último
encontra-se na Lei Divina. Já as teorias renascentistas procuram evitar a ideia
de que o poder seria uma graça, um favor divino. No entanto, embora recusem a
teoria cristã de que o poder político só e legitimo se for justo. Nicolau
Maquiavel, em 1513, escreve a obra inaugural da filosofia política moderna, O Príncipe,
que muda os conceitos do poder e a figura do governante. Obra no qual inspira
ainda nos dias atuais;
Em um trecho da obra o Príncipe,
Maquiavel afirma: “Não é necessário a um príncipe possuir todas as qualidades,
mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano e integro”. Nós concordamos em
parte, pois, segundo ele um bom Príncipe (governante) precisa ser bom, mas
também precisa ser mal quando tem que ser, porem discordamos quando ele sugere
a famosa expressão: “Os fins justificam os meios” (provavelmente não foi
Maquiavel quem escreveu essa frase, contudo por muitos anos foi associada ao
mesmo), significando que não importa o que o governante faça em seus domínios,
desde que seja para manter-se no poder. Embora descordando, sabemos que muitos
políticos atuais utilizam desse princípio maquiavélico.
No cenário brasileiro, a política
governamental passou por diversas transformações, foram vários períodos
históricos, nos quais podemos citar, o Período Democrático que teve início no
ano de 1946, no qual houve eleições gerais no país e a sociedade viveu um
período de grande efervescência político-cultural. Fato que marcou esse período
foi a volta de Getúlio Vargas a presidência. Um dos governantes mais admirados
pelos cidadãos brasileiros.
Em 1964 teve início a ditadura militar,
expressão atribuída a esse período histórico no Brasil. Forma de governo em que
o poder político era efetivamente controlado por militares, os direitos civis
foram daqueles que se mostravam contra este regime suprimidos e reprimidos. E,
o período democrático atual, em nossos dias, temos a cidadania como palavra que
traduz ás aspirações dos brasileiros por uma vida digna e feliz. Porém uma
triste realidade são os grandes escândalos na política, com tamanha corrupção,
o que tem sido uma situação constante desde que o Brasil era uma simples
colônia. Isso, em sua maioria só ocorre porque falta-nos o poder de mobilização
e indignação, afinal, quem manda neste pais é o povo brasileiro, ou as elites capitalistas?
Cabe aos ocupantes dos cargos públicos nos representar e, sobretudo, nos
respeitar.
Voltando-se para a pequena cidade de Geminiano
PI, vivemos uma forma distorcida de política. Tendo em vista que a política que
almeja a felicidade está em tudo, na escola existe um Projeto Político
Pedagógico, a feira cultural é uma ideologia política, que infelizmente nesse
ano de 2015 foi executada no mesmo período do ENEM, levando os estudos voltados
para o mesmo em prejuízo, o Natal solidário é uma ideologia política que
carrega boas intenções, contudo para o filósofo é necessário sair das
aparências em busca das essências, descobrindo as ideias políticas, religiosas
por trás de um evento que parece ser de caridade. Mas caridade só uma vez por
ano? Depois os famintos somem? Como assim? E por que na escola? São
inquietações que nos deixam perplexos com a capacidade de aceitação e
naturalização de eventos que surgem.
Mas nos direcionando a política de
Geminiano como sistema de cargos, percebemos que a “política limpa” apresentada
nos primeiros anos, tornou-se uma imensa corrupção, praticada pelo atual
representante administrativo (ou o tio do mesmo, na verdade não sabemos de fato
quem é o prefeito, pois temos o eleito por votos que seria o de direito, e o de
fato que é aquele que está por trás nas jogadas políticas). O descaso com a
população e com a comunidade, tornou-se um dos pontos fortes de sua administração.
Com isso, a pergunta central que hoje se passa pela cabeça da população: Cadê o
prefeito daqui? Os mais irônicos com sentido filosóficos até questionam da
seguinte maneira: Será que o prefeito foi abduzido por alienígenas? E o que nos
causa indignação é o fato que ele não reside na cidade de Geminiano-PI, morando
por sua vez na capital do estado do Piauí, em Teresina que fica há
aproximadamente 330 quilômetros de Geminiano-PI. O administrador não consegue
suprir as necessidades do povo e não cumpriu com suas propostas, feitas em
campanha eleitoral. Falta uma investigação rigorosa para saber onde está sendo
aplicado todo o dinheiro público vindo para a cidade de Geminiano. A política
governamental só será melhorada no dia em que os interesses particulares dos
governantes forem substituídos pelos interesses de todos os cidadãos.
Concordamos plenamente com o filosofo grego Aristóteles quando afirma que: “a política
não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça”.
Referências:
COLTRIM,
Gilberto. História Global 3 Brasil e
Geral. Editora Saraiva. 2ªed: São Paulo,2013.
CHAUÍ,
Marilena. Iniciação a Filosofia.
Editora Ática. 2ªed: São Paulo,2014.
MAQUIAVEL,
Nicolau. O Príncipe. Editora Globo,
1998.
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