Ricardo
de Moura Borges[1]
Resenha
ARAÚJO,
Maria Cristina Munhoz. Gestão Escolar.
Curitiba, PR: IESDE, 2009. 128p.
O
presente livro está dividido em oito capítulos, a destacar: a) A Gestão da
Educação; b) O Gestor Escolar; c) Pensar e Construir uma escola; d) Organizando
e estruturando a escola; e) Planejamento e avaliação institucionais; f)
Gabarito; g) Referências; e por fim, h) Anotações.
No
primeiro capitulo intitulado: A Gestão da Educação a autora traz um poema de
Tiago Melo, intitulado Canção para os Fonemas da alegria, e a partir deste ela
aborda a necessidade que o homem tem de conhecer as coisas e o mundo ao seu
redor. Demonstrando que a educação brasileira está sobre o domínio de
interesses capitalistas, mas nem tudo está perdido, pois ela propõe que além da
denúncia é necessário o comprometimento de um verdadeiro educador. Assim a
autora mostra de forma progressiva o início da Gestão escolar como necessidade
que surge em um determinado momento histórico, demonstrando as origens e
concepções de seu desenvolvimento, passando para as particularidades da gestão
escolar e concluindo com pontos importantes para um novo significado da Gestão
Escolar.
No
segundo capítulo, temos um aprofundamento sobre as responsabilidades e
exercícios do gestor escolar. Com destaque sobre o que deve fazer um gestor
escolar e quem é a sua figura. Contrapondo entre o gestor escolar ideal, ou
seja, o gestor desejado para que a escola tenha um bom andamento e demonstrando
que este deve ser um líder com estratégias, práticas e uma boa política.
Interessante
ressaltar que a autora destaca que imbuídos em uma sociedade capitalista é
necessário adaptar-se ao meio sem corromper os princípios educacionais. É
preciso fazer leituras que levem a pensar sobre a educação, sem extremismos e
radicalismos.
No terceiro capítulo intitulado Pensar e
Construir uma escola, a autora faz uma análise sobre o que é a escola e qual
sua finalidade. Destacando a concepção política e pedagógica da escola,
demonstrando que não existe educação neutra, mas que toda forma de educação é
um ato político com suas intencionalidades e direcionamentos, finalizando a
necessidade de uma abordagem de conhecimento da própria escola para a
construção de uma nova.
No
quarto capítulo intitulado Organizando e Estruturando a Escola, a autora relata
sobre organização e estrutura da escola, destacando os elementos fundamentais
para que a escola exista e se desenvolva. Ela afirma que é necessária uma
estrutura pedagógica, uma estrutura física, uma estrutura administrativa e uma financeira.
No
quinto capítulo intitulado Planejamento e Avaliação Institucionais, a autora
esclarece a forma de planejamento a partir de princípios teóricos, colocando a
importância da teoria associada à prática, deste a elaboração do planejamento
educacional. Ela destaca a necessidade da avaliação institucional como ponto
fundante de melhorias para a escola.
Nos
demais capítulos, Araújo demonstra gabaritos de questões feitas sobre cada capítulo
onde se têm as repostas, como por exemplo, sobre o planejamento e as avaliações
institucionais, e cada tema elaborado em
cada capítulo. Além disso, apresenta autores após cada capítulo, fazendo uma
análise de seus estudos sobre educação e indicando ao leitor a leitura de
livros desses autores. Podemos citar, por exemplo, o livro Discutindo a Gestão
de Ensino Básico da autora Mirza Laranja, onde Araújo (2009, p.27) esclarece
que Mirza faz uma “reflexão crítica e profunda sobre a gestão de ensino básico,
discutindo o caráter empresarial e a importância dos lideres e estudantes”. Depois
as referências utilizadas para a elaboração da obra e por fim deixa um espaço para anotações para o leitor
do presente livro.
Interessante
percebermos que a educação tem uma funcionalidade e um direcionamento, onde o
gestor escolar é peça fundante na escola. Infelizmente presenciamos a realidade
da educação brasileira, com gestores ainda pouco qualificados para um bom
desenvolvimento educacional. A autora por sua vez sempre questiona, fundamenta
seus argumentos e coloca que é necessário: uma escola que não apenas atenda aos
meios capitalistas, mas saiba direcionar os seus alunos para uma educação que
leve a criticidade e ao desenvolvimento social, assumindo uma forma política e
de visão de mundo. Assim percebemos que não existe educação com neutralidade.
[1]
Graduando em História pela Universidade Federal do Piauí- UFPI, Campus Senador
Helvídio Nunes de Barros, Picos – PI. Graduado em Licenciatura em Filosofia
pelo Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí – ICESPI, Teresina Piauí.
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