domingo, 24 de abril de 2016

EU VI!

Eu vi um entardecer de um domingo
Virar o entardecer de uma nação
Eu vi um anoitecer de um plenário
Ser o anoitecer de um circo
Aonde até o palhaço fez de meu voto uma piada
E o pior, meu caro palhaço, é que pior vai ficar!!!
Eu vi homens virarem covardes 
E para espanto de muitos
Eu também vi
Covardes virarem heróis
Eu vi homens grandes se apequenarem
Mas eu também vi
Os pequenos virarem
gigantes
Eu vi o quanto não sabemos
escolher nossos
representantes
Eu vi que até eu tenho muito a aprender com tudo isso
Mas quem aprendeu?
Eu vi o fruto da manipulação de uma poderosa mídia
Eu vi velhas ideias camufladas em sorrisos maquiavélicos
O medo de um comunismo
fantasmagórico
Gerar novos ditadores
acima da democracia de um povo
Eu vi o quanto ainda não sabemos nada 
O quanto uma nação pode ser iludida
Eu vi um tribunal de corruptos julgando
inocentes
Eu vi um bandido sentado 
no seu trono
E com um sorriso irônico comandar
a anulação de uma eleição
Eu vi o quanto vale os nossos políticos 
Vendem-se um deputado por negociatas e interesses
Você quer comprar um?
Eu vi o nome de Deus ser usado para o  mal
Mas um dia Ele te dirá:
Em nome de quem você fez 
aquilo contra o meu povo?
Eu vi o nome da família 
pronunciado por santos ocos
Eu vi sepulcros caiados condenando uma história
Mas a história há de nos
julgar!
Eu vi num domingo aqueles
que eu admirava virarem
mártires
Eu vi uma nação gigante 
sucumbir nas mãos de
anões
Até quando continuaremos
dormindo em berço
esplêndido?
Eu vi a palavra esperança
ser roubada de coração de
um povo
Eu vi o sonho de pobres 
sucumbirem no SIM dos poderosos
Eu vi o quanto essa nação 
está longe da ORDEM e do PROGRESSO
Ordem de manipular a 
constituição para interesses
pessoais e partidários
Progresso somente para
empresas e poderosos
E regresso para os pobres e
sofredores
Eu vi o quanto este Brasil 
não  é sério
O quanto nossa Constituição 
é uma fraude
O quanto somos enganados 
Somente aqui ladrões
julgam inocentes
Somente aqui bandido é 
juiz de uma nação
Somente aqui somos
enganados e ainda nos
damos por satisfeitos
Realmente Senhor 
Presidente dos golpistas e
salafrários deste país:
Que Deus tenha 
misericórdia dessa nação!
Porque vocês não tiveram nenhuam....

Autor: Pe. José Mairton
São José do Piauí - PI, 18 de abril de 2016 ( Pela madrugada).


Revolução Industrial e Karl Marx - Sociologia em Perspectiva







Karl Heinrich Marx foi um filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em sua época, até os dias atuais. É muito conhecido por seus estudos sobre as causas sociais. Teve enorme importância para a política européia, ao escrever o Manifesto Comunista, juntamente com Friedrich Engels, que deu origem ao "Marxismo", citado adiante. Foi um ativista do movimento operário europeu, no chamado International Workingmen's Association (IWA), também conhecido como First International.


A influência de suas idéias atingiram todo o mundo, como na vitória dos Bolcheviques na Rússia. Enquanto suas teorias começaram a declinar quanto à popularidade, especialmente após o colapso do regime Soviético, elas continuam sendo muito utilizadas hoje, em movimentos trabalhistas, práticas políticas, movimentos políticos. O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, Geografia, História, Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia, Ciência Política, Antropologia, Biologia, Psicologia, Economia, Teologia, Comunicação, Administração, Turismo, Design, Arquitetura, entre outras. Em uma pesquisa realizada pela Radio 4, da BBC, em 2005, foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.




HISTÓRIA DOS INDIOS NA SALA DE AULA: UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA


ANTROPÓLOGOS, HISTORIADORES E DEMAIS ESTUDIOSOS SE DEBRUÇAM SOBRE O TEMA INDÍGENA NO BRASIL. 

CONFIRA:












De Olho No ENEM

Ministro da educação, Aloisio Mercadante fala sobre as novas regras para o ENEM 2016.   Confira:


terça-feira, 12 de abril de 2016

Dia dos Povos Nativos do Brasil - 19 de abril

        Por Ricardo de Moura Borges.


       Todos os anos comemora-se especificamente nas escolas o dia do Índio. Dia tão marcante principalmente em escolas que fazem questão de caracterizar seus alunos com pinturas e vestimentas que caracterizam os povos indígenas no Brasil. Contudo essa homogeneização e padronização leva a grandes questões, dentre elas destacamos: Os povos nativos hoje ainda vivem e se vestem da mesma forma de quando foram encontrados pelos Europeus em 1500? Será que ao se vestir de índio estamos queremos dizer que somos europeus e essa data 19 de abril simboliza apenas um dia dedicado a povos estranhos a nós? A nossa cultura ou a cultura europeia ainda "vigente" em nossas escolas é superior a cultura dos povos nativos? 
           Assim, vale destacar que os povos nativos nunca se reconheciam como índios, sendo que essa denominação foi dada pelos europeus que ao chegar nessas terras pensaram que estavam nas Índias e assim colocaram o nome de uma diversidade de povos: tupinambás, tupiniquins, gegês, jaicós dentre outros, de Índios. Se a quinhentos e dezesseis anos atrás no tempo denominado como descobrimento do Brasil ou invasão pelos europeus eram taxados como povos de cultura " inferiores", hoje ampliou-se o conhecimento sobre estes e vale destacar que são povos com outra cultura, que devem ser respeitados, valorizados e do qual podemos aprender muito. Como nos diz Bessa Freire 2010, p. 17 - 33:


                                1. índio genérico: (...) que eles constituem um bloco único, com a mesma cultura, compartilhando as mesmas crenças, a mesma língua.
2. culturas atrasadas: considerar as culturas indígenas como atrasadas e primitivas. Os povos indígenas produziram saberes, ciências, arte refinada, literatura, poesia, música, religião.3. culturas congeladas: Enfiaram na cabeça da maioria dos brasileiros uma imagem de como deve ser o índio: nu ou de tanga, no meio da floresta, de arco e flecha (...). Na cabeça dessas pessoas, o “índio autêntico” é o índio de papel da carta do Caminha, não aquele índio de carne e osso que convive conosco, que está hoje no meio de nós.
4. índios pertencem ao passado: (...) Jorge Terena, em 1997, escreveu que uma das consequências mais graves do colonialismo foi justamente taxar de “primitivas” as culturas indígenas, considerando-as como obstáculo à modernidade e ao progresso.
5. brasileiro não é índio: (...) como os europeus dominaram política e militarmente os demais povos, a tendência do brasileiro, hoje, é se identificar apenas com a vencedora matriz europeia – ignorando as culturas africanas e indígenas



           Vale destacar que o habito de tomar banho, até dez vezes por dia, dormir em rede, tomar purgante para limpar o intestino eram praticas desses povos, e o europeu civilizado que chegou aqui disse exatamente o contrário: " índio não deve tomar banho, pois corpo é coisa do pecado", e o que aconteceu? Muitos índios posteriormente morreram de doenças. Seria assim a cultura européia civilizada? Preocupada com o lucro excessivo praticou o desmatamento, com a grande extração de pau Brasil, chegando ao ponto de escravizar os povos nativos para aumentar a extração. Assim destaca o jornalista Claúdio Vieira, 2000, p.41:

          -  Por que você trabalha tanto? Indagara o Nativo
          -  Para enriquecer - resondera o francês.
          -  E quando você morrer, para onde vai levar suas coisas?
          -  Vou deixa-las para meu filho - respondera o invasor.
          E o Índio surpreso:
          - Ué! E ele não irá trabalhar?

          Infelizmente percebemos que vive-se ainda um distanciamento dos povos nativos com nossa realidade existente, esquecemos que não somos uma etnia única, mas uma diversidade de culturas, e etnias, portanto, é gratificante quando ouço em minhas aulas de história a simples pergunta: Professor então, o senhor esta dizendo, que eu tenho sangue indígena, africano e europeu em mim?. Pois assim, percebo uma valorização e uma busca pela consciência histórica. Essa valorização pela cultura local, regional torna-se fragmentada a cada momento, e portanto, é necessário uma valorização, assim a história além de quebrar preconceito proporciona sentido para a vida do aluno.
        Hoje os povos nativos de acordo com a FUNAI ( Fundação Nacional do Índio) é de 818.000 mil, sendo que 503.000 mil vivem em aldeias, onde 315 mil vivem fora das aldeias.Caracteriza-se em três organizações a destacar: isolados, em via de integração e os integrados. Mas integrado a sociedade brasileira não quer dizer mais civilizado, e sim conhecedor do modo de vida urbano que tem muito ainda o que aprender com o nativo.
       O dia 19 de abril conhecido como dia do índio foi criado no ano de 1943, por meio do presidente Getúlio Vargas no decreto de lei de número 5.540, sendo que foi escolhida depois de ter havido no México no ano de 1940 o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, com a intenção de valorizar a cultura indígena, quebrando preconceitos e paradigmas contra os povos nativos.
        Dessa forma entendemos que todo dia era dia de índio como nos diz a música de Jorge Ben Jor e que todos nós, caro leitor, somos pertencentes as terras nativas, ou em uma forma mais ampla e conceitual como afirmam os cristãos: " somos pó e ao pó voltaremos (Gn 3,19)", não sendo necessário assim tanto preconceito, discriminação e não aceitação do "diferente", que na verdade é tão semelhante a nós.

Bibliografia:

BESSA FREIRE, José Ribamar. A Herança Cultural Indígena ou cinco ideias equivocadas sobre os índios. In: ARAÚJO, Ana Carvalho Ziller de. et al. Cineastas Indígenas: um outro olhar, guia para professores e alunos. Olinda, 2010.

VIEIRA, Claúdio. A História do Brasil são outros 500. Rio de Janeiro: Record,2000.

Bibliografia Consultada:

LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte. São Paulo: Itatiaia/Edusp,1980.
Disponivel em:http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/a-situacao-atual-dos-indios-do-brasil. Acessado em: 02 de abr. de 2016. 
Disponivel em: http://www.visiteurucania.com.br/dia-do-indio/. Acessado em: 02 de abr. de 2016.