domingo, 22 de maio de 2016

Descartes e a Dúvida Hiperbólica - Filosofia em Perspectiva

      Imersos em uma realidade marcada por diversas posições de verdade, onde alguns teóricos classificam nosso tempo como pós moderno, penso que é de fundamental importância analisarmos um dos grandes filósofos da modernidade, tido como divisor de águas da filosofia: René Descartes.  Depois de estudar em um dos melhores colégios da Europa, nossa aluno saí em procura em um conhecimento que seja sólido e verdadeiro, como alicerce fundamental para se chegar a respostas concretas.
       O filósofo da modernidade estabelece uma ruptura entre o pensamento medieval. Renê Descarte foi um filósofo que contribuiu para o pensamento moderno, onde levou a DÚVIDA as ultimas consequências, criando a duvida hiperbólica. A dúvida, portanto, é a primeira certeza que temos, pois é impossível duvidar da própria duvida.
            Colocando a duvida como principal fonte de seu método estabelece que tudo pode ser questionado, onde podemos pensar que estamos em um sonho do qual podemos nunca acordar dele. Assim, houve uma sistematização do conhecimento, como  por exemplo, a separação das matérias nas escolas para haver uma gradação do conteúdo.
            O descartes foi muito além dos filósofos do seu tempo. Afirmava que era impossível reconhecer a essência de outro ser que não seja nós mesmos, assim as coisas só se revelam em sua essência. É o olhar para si mesmo, tentar encontrar quem você é, e portanto caímos em um mundo de aparências.
            Existem assim três tipos de ideias; São elas: ideias inatas como Deus, e as ideias adventícias que pegamos de outros e por fim as ideias da imaginação. Tudo que conseguimos pensar corresponde a uma ideia real. O que garante a correspondência de ideias é Deus.

            No discurso do método Descartes coloca todas as ideias de forma organizada possível e estabelece o Penso, Logo Existo. 
A dúvida hiperbólica cartesiana nada mais é do que um reflexo da realidade embebecida do filosofo onde diversos acontecimentos colocam em xeque o conhecimento até então, valendo destacar: as grandes navegações, o avanço da ciência. as teses de Aristóteles, a bíblica que passa a ser analisada não mais como um livro unicamente histórico e cientifico, o antropocentrismo, o renascentismo. Assim, esses fatores deixam inquietos o filósofo Descartes, que busca novos modos para se chegar uma verdade que seja segura.
O método desempenhado por Descartes é absorvido pela ciência moderna, onde vale destacar os quatro passos significativos para alcança-la: 
  1. Questionar tudo que se apresenta aos nossos olhos.
  2. Dividir os problemas em quantas partes forem necessárias.
  3. Começar do mais simples para o mais complexo;
  4. Fazer enumerações e revisa-las com cautela.
         Hoje, o livro já está disponível em livrarias sendo de preço acessível, também como como áudio livro no youtube.
Um aluno do ensino médio ao destacar que esse método pode ser utilizado no ENEM e na vida fez uma inferência necessária mostrando que a filosofia está mais presente nos dias atuais do que muitos pensam.
Confira logo mais o filme Descartes.





domingo, 8 de maio de 2016

A Origem da Justiça? Onde está a Ética? Você a viu por aí? - Filosofia em Perspectiva





Por: Ricardo de Moura Borges - professor de filosofia - ensino médio.

          De onde vem a  justiça? O que é o justo? O que é o injusto? O que é o imoral? Existe ou não o amoral? A ética necessariamente seria justa ou é dever da moral ser justa?. Essas questões tem levado a inquietação de vários pensadores durante a História. Parece que a Ética é responsável por avaliar a moral, para perceber a sua validação ou não em determinada sociedade e contexto histórico, portanto a Ética tenta ser universal. Mas será que ela consegue ser adequada para todas as morais existentes? Assim, compreendemos que a Ética nessa tentativa estaria em um plano para além dos planos culturais da sociedade.
          Não diferentemente estão ai expressos nessa imagem dois personagens que parecem fugir dos planos humanos concretos e reais. Batman e Super-homem, por décadas fizeram-se no plano fictício, ou seja, de nossa imaginação como dois super-heróis responsáveis pela manutenção da justiça, mostrando assim, que são dois avaliadores da moral vigente tanto em Smallville, como na cidade de Gotan. Ora, o interessante é que por analogia, podemos então destacar que esses dois ícones podem estar ligados intrinsecamente a Ética, pois ambos estão para além da moral. Só o Batman e o Super-homem podem analisar o que seria certo ou errado para a continuação da espécie humana na Terra. O grande problema, então, seria o confronto de duas Éticas, ou de dois super heróis que combateram a injustiça por vários anos.
           O filme lançado nesse ano de 2016, traz uma grande questão metafísica a destacar: Como  o principio da justiça pode surgir da contraposição, ou oposição de pensamentos? Ambos marcados pela sua história aqui na terra, que por coincidência tem mães com o mesmo nome ( Marta), agora se enfrentam para entender o seu lugar no mundo, e ainda mais, o que seria o nosso lugar no mundo?. O próprio Batman utiliza um filósofo existencialista ao destacar que: " O mundo não tem sentido, cabe a cada ser humano dar sentido a sua existência.", onde de incio, o Super homem parece não tem esse problema até o momento que sua mãe é sequestrada, e ai seu "mundo", fica fragmentado. Daqui podemos perceber o destaque do subjetivo para a expressão do mundo exterior. 
          Aprendemos que o imoral é aquele que transgride a moral, e que de certa forma o termo amoral pode ser apenas um termo que não pode ser descrito na realidade, tendo em vista que ninguém pode não ter uma moral interna que o guie na vida, pois mesmo o super-homem que nasceu em outro planeta, teria, se adequado a uma moral terrestre, e mesmo que tivesse crescido em Crípton, virá para a Terra com princípios, leis e normas de seu planeta. Um louco seria amoral ou imoral?. Portanto, seria imoral a atitude dos EUA ter lançado uma bomba atômica no Super homem, tendo em vista que esse foi o defensor do planeta? Ou teria sido moralmente aceito, quando em estudo estava a avaliação de um ser que estava para além da moral, um deus quase imortal que veio de fora do planeta? Seria uma atitude imoral o Batman utilizar de sua inteligencia para conseguir meios para destruir o super homem? E por fim, Lex Lutor juntamente com o capitão Zod seriam seres imorais, ou amorais?
          Desse modo, os heróis mitológicos fazem-se necessários na mente do ser humano como uma explicação dos valores humanos como as virtudes, a justiça, o bem, o mal, que são expressos no dia-a-dia. Pois, nesse cotidiano é que percebemos os verdadeiros embates de nossas vidas, e podemos cair no engano assim como eles caíram. O mais difícil portanto, não é sair da caverna, mas é voltar e não ser morto por aqueles que não vão acreditar na " verdade", pois esta está imbuída de inúmeras outras incertezas. Ficamos inquietos com a morte daquele que não pode morrer, pois nele estão a representação do Bem e dos valores morais. Será que este morrendo não haveria mais esperança no planeta?
          O homem cria seus heróis, assim como a Ética humana, perpassando por diversas outras possibilidades de ser, como: Ética animal, Ética ambiental, Ética utilitarista, dentre outras. O simples se torna complexo, e por sua vez o complexo pode se tornar simples, quando se materializa nos heróis. Pois, se aplicarmos os termos marxistas, onde o melhor fim seria o comunismo na sociedade, o próprio Batman que desprovido de super poderes, possui um valor incalculável de bens com suas empresas, teria que ser submetido, julgado e condenado, por uma Ética marxista, lutando assim, com o Super Homem e com Karl Marx. Ganharia ou perderia? Cairíamos todos então em um relativismo Ético, importando apenas o contexto histórico? Provavelmente sim, mas o que implica nas certezas éticas seria o ponto euclidiano, onde , se fazem necessitárias suas palavras: " Dai-me um ponto fixo e eu moverei o mundo". Nesse ponto fixo, as incertezas por sua vez virariam a origem da Justiça.



Panis et Circenses - Uma música psicodélica? Como assim? - Filosofia em Perspectiva.

“Mas as pessoas na sala de jantar são ocupadas em 

nascer e morrer”







A política do pão e circo (Panis et Circensis) foi criada pelos antigos romanos, que estavam preocupados com a falta de alimento e principalmente de diversão do povo. Segundo os antigos romanos, sem estas duas coisas, era impossível se ver em sociedade e a insatisfação do povo perante os governantes só aumentaria.
Conta a história que sangrentas lutas entre gladiadores foram criadas para divertir o povo, que também recebia pão gratuito durante as lutas.
A canção Panis Et Circensis, composta por Gil e Caetano se tornou o grande hino do movimento Tropicália, que estourou no Brasil no final da década de 1960 e conseguiu universalizar a linguagem da música popular brasileira com a introdução da guitarra elétrica, do rock psicodélico e das correntes jovens do mundo na época. Foi a união do pop, com o psicodelismo e a estética que deram à música brasileira uma essência que influenciou toda a cultura nacional.
O grande álbum do movimento Tropicália
Panis Et Circensis,interpretada pelos músicos psicodélicos dos Mutantes traz a mensagem do que o movimento pretendida. Com uma letra que diz que as pessoas estão muito acomodadas e não lembram mais que a vida não é apenas nascer e morrer, deram um choque em toda a sociedade. Além disso, o teclado e a guitarra elétrica contribuíram para mostrar que a música brasileira precisava sair um pouco do patamar banquinho-violão, gerando grande euforia e alegrias nos jovens.
A canção é a principal do álbum Tropicália, que além de Os Mutantes, conta com composições e interpretações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogério Duprat, Gal Costa, Torquato Neto, Tom Zé, entre outros.


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Regimes Totalitários - História em Perspectiva - 3 ano do Ensino Médio


" Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado" ( Mussolini )

Principais regimes Totalitários:

  1. Fascismo na Itália ( 1922 - 1945 )
  2. Nazismo na Alemanha ( 1033 - 1945 )
  3. Salazarismo em Portugal ( 1933 - 1974 )
  4. Franquismo na Espanha ( 1936 - 1974 )
  5. Stalinismo - URSS ( 1924 - 1953 )
  6. Estado Novo - Brasil ( 1937 - 1945 )


Características principais dos regimes Totalitários:

  • CENSURA;
  • REPRESSÃO;
  • EDUCAÇÃO VOLTADA PARA O CULTO AO LIDER;
  • MILITARISMO;
  • PERSEGUIÇÃO AOS PERSEGUIDORES;
  • ANTIDEMOCRACIA;
  • NACIONALISMO;
  • UNI PARTIDARISMO;
  • IDEOLOGIA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO E PROPAGANDA;

Sobre a Propaganda analise as seguintes imagens a seguir:






quarta-feira, 4 de maio de 2016

KAMÉ E KAIRU REVITALIZAÇÃO CULTURAL KAINGANG - História em Perspectiva


Uma cultura diferente da nossa. Assim é descrita a cultura dos Kamê e Kairu com suas formas de viver peculiares. Mas nós que somos civilizados pela cultura ocidental, não podemos homogeneizar nossa cultura, mas sim perceber as peculiaridades existentes de cidade para cidade, e em atitude de respeito e de quebra de preconceito entender as outras possibilidades culturais.