domingo, 29 de abril de 2018

Sociologia da Juventude - É Hora de Ler 10. 2018



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Weisheimer, Nilson [et all]. Sociologia da Juventude. Curitiba: InterSaberes, 2013. 202 p.


            Esta obra publicada no ano de 2013, apresenta de modo atraente e diversificado a problemática da juventude, tida não como natural, mas sim como representação construída historicamente e culturalmente. Dividida em dez capítulos, escrita por quatro autores, a saber: Analisa Zorzi, Francisco Kieling, Nilson Weisheimer e Rochele Fellini Fachinetto.Os temas estão divididos em: a ) A Construção Social da Juventude; b) História da Sociologia da Juventude; c) Teoria Sociológica das Gerações; d) A juventude como faixa etária; e) A juventude como transição da vida adulta; f) Culturas Juvenis; g) Juventudes nas Metrópoles; h) Juventudes rurais; i) Movimentos Juvenis; j) Politicas Públicas de juventude.
                 Pensar sobre a juventude é estabelecer um processo de desnaturalização sobre um tema que por muitas vezes dado pelo conhecimento tácito, encontra estagnado a uma realidade pensante. Assim como aponta Felipe Aíres que a construção da juventude está marcada desde o século XII, com o conceito de família nuclear e consequentemente depois com processo de escolarização. Encontramos então uma faixa etária que estaria relacionada em uma fase de amadurecimento pós infantil, mas que a juventude se alargaria até o memento em que o sujeito estabelece sua autonomia tanto financeira como emocional. 
                    A proposta do livro proporciona uma reflexão interessante sobre a estigmatização frente aos jovens em tempos contemporâneos, analisando tanto a perspectiva das Metrópoles brasileiras, a destacar três em suas análises: Curitiba, Brasília e Fortaleza, onde existe a desigualdade social presente, mas que cada uma apresenta suas peculiaridades, onde jovens de baixa renda passam por dificuldades de aceitação frente a sociedade capitalista. Também é destacado a natureza das juventudes rurais, onde o que impressiona é a necessidade de permanência no campo, principalmente em regiões no Brasil onde o capital tem um desenvolvimento acelerado, frente aos produtos extraídos do campo, mas que são caracterizados como diferentes juventudes rurais, onde temos: Jovens agricultores, jovens assentados, jovens empresários rurais, jovens estudantes rurais e jovens sem terra.
                 É salutar destacarmos o papel da escola, onde apresenta-se com um grande índice de evasão escolar pelos jovens, frente as pesquisas destacadas. A escola perde o sentido para muitos jovens sendo também alvo de conclusão a enorme desigualdade educacional existentes nas escolas abordadas. Outro fator alarmante é a estrutura de mortalidade, apresentada em um gráfico feito sob pesquisas do ano de 2004, onde apresenta-se entre os jovens do nordeste, por exemplo, causas naturais 33,7%, causas Externas 66,3%, onde temos divididas essas causas por meio de três fatores: os acidentes de transporte, homicídio e suicídio. 
                  Dessa forma apresentamos a obra como salutar para o pensamento sociológico em questão, apresentando a juventude como mais que um fenômeno natural, sendo esta uma construção social. Assim, " cada sociedade constrói uma ideia sobre essa transição, atribuindo noções significados e papéis sociais à sua juventude", mas o interessante é que " os próprios jovens também se percebem nessas relações sociais e expressam sua condição juvenil de diferentes maneiras". A partir desta obra, em sua leitura comecei a fazer conexões com o que é ser jovem nos dias de hoje, em relação a minha idade jovem e com os jovens com os quais trabalho como professor no ensino médio, ampliando o arcabouço cultural e a reflexão sobre a humanidade.
               
Até a próxima resenha de livro, pois ler é o caminho!
Att, Prof. Esp. Ricardo de Moura Borges. 



quarta-feira, 18 de abril de 2018

Jornal Corujinha - Abril de 2018






Acesse a Segunda Edição do Jornal Corujinha da Escola Estadual Pedro Evangelista Caminha, com publicações, charges, desenhos e muito mais, produzidos pela comunidade escolar apresentando de forma interativa e dinâmica uma reflexão sobre a escola contemporânea. 
   Basta clicar em: 3ª edição do JORNAL CORUJINHA - ABRIL DE 2018  para ter acesso. Boa leitura!