sábado, 24 de dezembro de 2016

I FEIRA DO CONHECIMENTO: Educação no Trânsito e Prevenção ao Suícidio



 Por: Prof. Esp. Ricardo de Moura Borges.



       A Escola Pedro Evangelista Caminha organizou a I Feira do Conhecimento, trazendo para a comunidade de Geminiano a produção de amostras sobre a Educação no Trânsito e a Prevenção ao Suicídio feita pelos alunos com auxílio dos Professores.
        Essas experiências ajudam a aprofundar o processo de ensino-aprendizagem, estabelecendo uma relação mais profunda entre escola- comunidade, comunidade-escola, aluno- comunidade. 
          Em uma das aulas de filosofia fui interrogado por um aluno: Qual o sentido de estudar esse assunto? . De imediato, parei e pensei... e logo respondi:
- Dos diversos problemas que vivenciamos no meio escolar, essa sua pergunta é muito pertinente, pois eu mesmo quando fui aluno do ensino fundamental e médio, fui diversas vezes acometido por essa mesma indagação em várias aulas que tive.
         Enfim, usando o filósofo existencialista Albert Camus em sua tão celebre e perturbadora frase que diz: " a vida não tem sentido, portanto, cabe a cada ser humano dar sentido a sua existência, penso que de forma introdutória estabelece-se como ponto de alicerce em entender o sentido daquilo que aprendemos na escola.
        Muitas vezes, e por muitos mais não todos ( não podemos ser generalizantes), a escola ainda é vista como um espaço obrigatório onde tenho que ir por causa da coersão social, ou seja, eu vou porque "todo mundo vai", "mãe briga" e "pai me bate se eu não for". Tendo em vista que norteado por esses motivos, então o aluno tem uma meta por finalidade estabelecida: TIRAR NOTAS BOAS, não importa o motivo, pode ser por meio de pescas, cópias da internet, suborno a um professor, ou seja, diversos artifícios menos : ESTUDAR PARA APRENDER O CONTEÚDO.
        Enfim, mas PARA QUÊ APRENDER UM CONTEÚDO? Se já tenho o pai GOOGLE que me disponibiliza todas as informações, por exemplo, sobre a Idade Média, sobre Platão e a sua metafísica, sobre os problemas do Plano Cartesiano de Descartes? Pra quê aprender português e suas regras semânticas, gramaticais, sintaxe ? Biologia pra que? 
Para responder todas essas questões devemo-nos lembrar da revolução copernicana de Kant ( por isso entendo a filosofia como a mais importante de todas - pois é meu óculos para ver o mundo, tal qual o matemático que vê o mundo pelas lentes da matemática e assim por diante. Immanuel Kant estabeleceu uma mudança de 180 graus no conhecimento, tal qual Copérnico ao estabelecer o heliocentrismo não concordando com o Geocentrismo estabelecido até então.
            Assim, entendemos que, o problema não necessariamente estão nos conteúdos mas nas valorização, importância dos conteúdos onde o aluno se debruça sobre tais e dessa forma dão sentidos aos mesmos. Mas pode se insurgir a celebre afirmação: EU PASSEI DE ANO, NEM DE RECUPERAÇÃO EM FIQUEI. Enfim, a realidade da educação brasileira onde a quantidade se sobrepõe a qualidade faz-nos perceber o seguinte: NÃO ADIANTA TER PASSADO, SEM NENHUM CONTEÚDO FIXADO. A escola ou o professor pode até garantir todos os meios ( notas, trabalhos, recuperações com consulta aos livros, atribuição de pontos extras para passar o aluno), contudo o aprendizado para a vida, para a coletividade, para a comunidade fica em prejuízo. Dessa forma o argumento do aluno que "passa", cai por terra, causando um problema de ordem ÉTICA E MORAL grave, onde encontram-se não necessariamente na Escola x ou y, mas no seu processo constitucional de forma mais ampla.
           Contudo, a assertiva de NÃO HAVER NENHUM CONTEÚDO SIDO FIXADO, pode ser questionada sobre diversos aspectos, dentre um deles e de forma concreta, destaco a I Feira do Conhecimento, onde a cada ano fico mais surpreso e feliz, com o desempenho, destaque e realização dos alunos, ao trazerem e exporem seus conhecimentos em amostras para a comunidade de Geminiano, penso que a resposta para o sentido dos estudos começa a ser dada de forma prática nessas amostras que acontecem nas escola, pois agora o aluno deixa passa a ser mais ativo, autônomo e consciente da realidade escolar em que vivem.