quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Resenha - Gestão Escolar, - Maria Cristina Munhoz Araújo

Ricardo de Moura Borges[1]


Resenha

ARAÚJO, Maria Cristina Munhoz. Gestão Escolar. Curitiba, PR: IESDE, 2009. 128p.


          O presente livro está dividido em oito capítulos, a destacar: a) A Gestão da Educação; b) O Gestor Escolar; c) Pensar e Construir uma escola; d) Organizando e estruturando a escola; e) Planejamento e avaliação institucionais; f) Gabarito; g) Referências; e por fim, h) Anotações.
            No primeiro capitulo intitulado: A Gestão da Educação a autora traz um poema de Tiago Melo, intitulado Canção para os Fonemas da alegria, e a partir deste ela aborda a necessidade que o homem tem de conhecer as coisas e o mundo ao seu redor. Demonstrando que a educação brasileira está sobre o domínio de interesses capitalistas, mas nem tudo está perdido, pois ela propõe que além da denúncia é necessário o comprometimento de um verdadeiro educador. Assim a autora mostra de forma progressiva o início da Gestão escolar como necessidade que surge em um determinado momento histórico, demonstrando as origens e concepções de seu desenvolvimento, passando para as particularidades da gestão escolar e concluindo com pontos importantes para um novo significado da Gestão Escolar.
            No segundo capítulo, temos um aprofundamento sobre as responsabilidades e exercícios do gestor escolar. Com destaque sobre o que deve fazer um gestor escolar e quem é a sua figura. Contrapondo entre o gestor escolar ideal, ou seja, o gestor desejado para que a escola tenha um bom andamento e demonstrando que este deve ser um líder com estratégias, práticas e uma boa política.
            Interessante ressaltar que a autora destaca que imbuídos em uma sociedade capitalista é necessário adaptar-se ao meio sem corromper os princípios educacionais. É preciso fazer leituras que levem a pensar sobre a educação, sem extremismos e radicalismos.
             No terceiro capítulo intitulado Pensar e Construir uma escola, a autora faz uma análise sobre o que é a escola e qual sua finalidade. Destacando a concepção política e pedagógica da escola, demonstrando que não existe educação neutra, mas que toda forma de educação é um ato político com suas intencionalidades e direcionamentos, finalizando a necessidade de uma abordagem de conhecimento da própria escola para a construção de uma nova.
            No quarto capítulo intitulado Organizando e Estruturando a Escola, a autora relata sobre organização e estrutura da escola, destacando os elementos fundamentais para que a escola exista e se desenvolva. Ela afirma que é necessária uma estrutura pedagógica, uma estrutura física, uma estrutura administrativa e uma financeira.
            No quinto capítulo intitulado Planejamento e Avaliação Institucionais, a autora esclarece a forma de planejamento a partir de princípios teóricos, colocando a importância da teoria associada à prática, deste a elaboração do planejamento educacional. Ela destaca a necessidade da avaliação institucional como ponto fundante de melhorias para a escola.
            Nos demais capítulos, Araújo demonstra gabaritos de questões feitas sobre cada capítulo onde se têm as repostas, como por exemplo, sobre o planejamento e as avaliações institucionais, e  cada tema elaborado em cada capítulo. Além disso, apresenta autores após cada capítulo, fazendo uma análise de seus estudos sobre educação e indicando ao leitor a leitura de livros desses autores. Podemos citar, por exemplo, o livro Discutindo a Gestão de Ensino Básico da autora Mirza Laranja, onde Araújo (2009, p.27) esclarece que Mirza faz uma “reflexão crítica e profunda sobre a gestão de ensino básico, discutindo o caráter empresarial e a importância dos lideres e estudantes”. Depois as referências utilizadas para a elaboração da obra e por fim  deixa um espaço para anotações para o leitor do presente livro.
            Interessante percebermos que a educação tem uma funcionalidade e um direcionamento, onde o gestor escolar é peça fundante na escola. Infelizmente presenciamos a realidade da educação brasileira, com gestores ainda pouco qualificados para um bom desenvolvimento educacional. A autora por sua vez sempre questiona, fundamenta seus argumentos e coloca que é necessário: uma escola que não apenas atenda aos meios capitalistas, mas saiba direcionar os seus alunos para uma educação que leve a criticidade e ao desenvolvimento social, assumindo uma forma política e de visão de mundo. Assim percebemos que não existe educação com neutralidade.




[1] Graduando em História pela Universidade Federal do Piauí- UFPI, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Picos – PI. Graduado em Licenciatura em Filosofia pelo Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí – ICESPI, Teresina Piauí. 

Nenhum comentário: