sábado, 6 de agosto de 2016

Jogos Olímpicos no Brasil - O que a Grécia tem com Isso?

      



  Um dos grandes acontecimentos reproduzidos na história está acontecendo no ano corrente na cidade do Rio de Janeiro. Como são conhecidos até hoje, os jogos olímpicos começaram na região do Peloponeso na Grécia Antiga, por volta de 3 mil anos atrás. Por serem competições de esportes organizadas em Olímpia, ficou conhecido como jogos Olímpicos. A primeira competição datada é de 776 a.C, onde os jogos eram organizados de quatro em quatro anos. Esses jogos organizados em olimpíadas se desenvolveram nos Jogos Pan Helênicos.
       Pelo próprio nome pan (todo), temos a importância desses jogos levando a união do mundo Grego que era formado por uma série de cidades-estado ( cidades com autonomia politica e econômica). Muitos habitantes da Grécia e de outras colônias viajavam para a Grécia para assistir os Jogos Olímpicos, inspirados ao pertencimento de uma só cultura. 
       Pelo motivo da mitologia sempre se juntar a história dos Jogos Pan-Helenicos, não se sabe com precisão quando e como começaram de fato. Lembramo-nos que a religião da Grécia Antiga, envolvia a personalidade humana nos deuses gregos, assim, dando abertura para que os mesmos participassem dos Jogos Olímpicos e interferissem de acordo com suas vontades. 


       A importância dos Jogos Pan-Helênicos era tão forte na Grécia, que existia uma trégua sagrada. Mensageiros saiam de cidade em cidade informando as datas dos jogos Pan-Helênicos, e informavam com antecedência que todas as guerras fossem sessadas antes e depois dos jogos, para dar tempo para os atletas e espectadores viajassem com segurança aos lugares dos jogos, proporcionando um clima de paz e harmonia durante a competição. Os gregos viam no esporte parte essencial para a construção de uma boa educação. Como afirma Kyle 2007, p.07:


Gregos viam o esporte como uma parte essencial da boa educação, uma via para estabelecer o status social e a proeminência individual, um indicador de masculinidade, um terapêutico meio de canalizar a agressividade, uma preparação para os conflitos e um meio apropriado para honrar os deuses e heróis nos festivais   


        Atualmente nos Jogos Olímpicos, os primeiros lugares são condecorados com medalhas de ouro, prata e bronze. Nos Jogos Pan-Helênicos, havia somente um ganhador, onde o prêmio era uma coroa de folhas e uma grinalda, sendo em que cada local dos jogos as coroas eram feitas de diferentes tipos, por exemplo, em Olímpia, a coroa era feita de folha de oliveira selvagem; em Delfos, a coroa era feita de louros; em Corinto a Coroa era feita de Pinho; e em Nemea a Coroa era feita de aipo selvagem. 
        Os gregos acreditavam que os deuses eram quem decidiam quem merecia a vitória para um determinado atleta, onde a vitória era representadas por uma mulher com asas com o nome de Nike ( o mesmo nome da marca de tênis que conhecemos). Nike significa "Vitória", em Grego, como uma serva ou mensageira dos deuses, onde voava para a pessoa escolhida levando uma recompensa divina no formato de fita ou coroa. 


        Os campeões,  voltavam para sua cidade como famosos, e tinham direito de erguer uma estátua em seu nome, e poetas podiam escrever versos em sua honra. Voltavam como heróis de sua cidade natal, lembrando que apenas os gregos homens, podiam participar dos jogos Olímpicos.
       O encerramento dos Jogos Olímpicos, deu-se a por diversas razões, dentre eles destacamos o politeísmo, onde era uma particularidade da Grécia Antiga, sendo dedicados as divindades. Com o surgimento e ascenção do Cristianismo, e a conversão dos imperadores romanos ao cristianismo, colocou-se como intolerância aos jogos. O imperador Teodósio I, no ano de 393 d. C, após sua conversão ao cristianismo, decide abolir os jogos Olímpicos. 
      
BIBLIOGRAFIA:

KYLE, D.G. Sport and Spectacle in the Ancient World. Malden / Oxford: Blackwell Publishing, 2007.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

AQUINO NETO, F.R. O papel do atleta na sociedade e o controle de dopagem no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v.7, n.4, p.138-48, 2001. 

COLTRIM, Gilberto. História Global - 1.São Paulo: Saraiva, 2013.

LAGARDERA OTERO, F. (Coords.). Sociología del deporte. Madrid: Alianza Editorial, 1998.  



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